Como um programa que mistura processo seletivo, desafios, RH e muitos conflitos pode ser tão completo e tão intenso? Como esse processo consegue ir muito além das habilidades técnicas e te leva ao limite do autoconhecimento?
Meu nome é Mateus Quelhas, fui aluno do Gama Experience na edição 2. Escrevi um pouco sobre o que é e como foi minha vivência com o Gama Experience, que carinhosamente chamamos de XP.
O que é o Gama Experience?
De forma resumida, o Gama Experience é um programa que recruta, seleciona, treina e encaminha os melhores talentos para trabalhar em startups e no mercado digital. As áreas que compõem o XP são: growth Hacking, Front-end, Design UX/UI e Inside Sales.
Tem também aquelas pessoas que participam do programa em busca de capacitação para, assim, ter mais munição para crescer dentro da empresa que já trabalham.
E o Gama Experience pode até te parecer muitas coisas.
Quando falam que o Gama Experience é um processo de treinamento, ou um curso intensivo, ou um processo seletivo, tem gente que sente até preguiça. Ou ainda quando falam que é a mistura do reality “O aprendiz” com o filme “Tropa de Elite”, a gente pode até duvidar.
Mas a questão é que ele não é apenas um curso.
É um processo intenso de autoconhecimento. Quer saber como?
Então se segura aí e se prepara pra entender um pouco como o Gama Experience mudou toda a minha visão de mundo.
O processo para o Gama Experience: fail fast, fail often!
No processo seletivo do Gama Experience o filtro já é parametrizado para deixar passar apenas aquelas pessoas que se sobressaem em ocasiões extremas. Essa prova real é tirada com a primeira semana de experiência (você vai entender se participar também!).
Mas assim como você pode estar imaginando, é muito difícil ter essa certeza absoluta, pois autoconhecimento nunca foi nem será um assunto fácil. Portanto se você não foi selecionado/a, não desanima.
Tente de novo! Talvez você tenha que passar por algumas outras situações na vida antes de participar de uma edição do programa. A Gama Academy também oferece cursos introdutórios para ajudar no início da jornada profissional.
Para as pessoas que se arriscam na descida desenfreada é aqui que começa o processo de autoconhecimento. É quando você se depara com situações extremas em que muitas vezes não sabe o que fazer por si só. É aqui que entram as habilidades comportamentais, porque trabalhamos em grupos.
Isso acontece sob a justificativa de que grande parte das empresas digitais e startups, provavelmente, vão te contratar por algo que você saiba fazer, sim, mas podem te demitir por você não saber lidar com alguma situação. Ou por não ter inteligência emocional. Ou não saber trabalhar em equipe. Entende?
Qual era minha visão do programa antes de começar?
Primeiro, vou contar como era minha opinião antes do programa.
Só pra explicar o contexto, sou formado em engenharia de alimentos com pós em marketing. Sou do mercado tradicional e trabalhava como coordenador de projetos numa indústria.
Estão enxergando essa pessoa, né? Ótimo. Continuem com essa ideia em mente.
Essa era minha opinião do Gama Experience quando soube do programa e me inscrevi:
- Ah, é um curso para áreas específicas de startup. Ok, estou querendo conhecer esse negócio de startup aí, acho que vou me inscrever;
- É online e presencial aos sábados, longe da minha casa. Será que vale o esforço?
- Eu vou perder meus sábados durante 5 semanas. Tá. Mas eu to querendo bastante, então vamos lá, qual o próximo passo?
- Nossa, tem processo seletivo. Mas, calma, tudo tem processo seletivo hoje em dia. Tudo certo! Vamos preencher que nem a gente faz pra outros programas;
- Eita… o processo é bem diferente, vou ter que pensar nas respostas do zero, não vai dar pra adaptar as respostas que tenho;
- Passei! Uhuuu! Agora é só aprender, quem sabe não rola a chance de fazer um networking pra descolar um emprego na área que eu quero.
- Oi? Tem empresas patrocinando? Vou fazer aula e ainda vou ter mais chance de descolar um trabalho muito bom!
Em nenhum momento eu achei que o Gama Experience seria um processo de autoconhecimento. Até eu entrar e vivenciar experiências únicas de conexão, aprendizado e crescimento profissional.
Como foram as 5 semanas de programa?
O método de ensino é híbrido, ou seja, a gente aprende de forma online (assistindo aulas técnicas) e presencial (aos sábados) nas cidades em que o programa acontece.
Leia também: Quais são as metodologias aplicadas no Gama Experience, e por que elas funcionam?
Tenho que admitir que durante as cinco semanas o processo foi bem intenso. Isso por que temos que aprender não só na teoria, mas na marra. Quer dizer, na prática!
A cada semana, recebemos um desafio diferente que deve ser trabalhado em grupos multidisciplinares, ou seja, com alunos/as de todas as áreas do programa. Além dos desafios, precisamos entregar as atividades individuais e assistir as aulas online, que já citei aqui.
Tudo isso num período muito limitado de tempo. E tendo que lidar com a vida pessoal e o trabalho, em alguns casos (como o meu!).
E mais: os desafios não são criados apenas para praticar, mas baseados em situações reais da rotina de um time em uma empresa digital. Alguns, até mesmo trazidos por empresas digitais que são parceiras ao longo do programa.
O mais interessante nisso tudo é que esse cenário possibilita a interação com profissionais incríveis e à cultura dessas empresas, aumentando a possibilidade de contratação até o término do Gama Experience.
Dá pra ver a grande diferença do “mercado tradicional”, né? Isso porque o Gama Experience é uma montanha-russa. Quando se está lá em cima todo mundo adora.
Na descida, dá um frio na barriga e a gente parece perder controle. Nesse processo, até a pessoa que acredita se conhecer 100% vai balançar.
O processo nos coloca em situações extremas para nos “descobrirmos na descida da montanha-russa”.
Ninguém se descobre quando está tudo bem na zona de conforto. A gente só se conhece quando se vê na descida em espiral e sem freios. Enfrentando novos desafios e chegando ao limite do nosso conhecimento (seja técnico ou comportamental).
E dessa descida, só existem duas opções:
- A primeira, é quando você se encontra e “get your shit together” pra sair das situações em que somos colocados durante o Gama Experience;
- A segunda, é quando você não consegue se encontrar na descida. E aí você sofre penalidades.
Mais do que penalidades do Gama Experience, que podem chegar até a eliminação do programa, são as penalidades que nos auto-infligimos.
Porque esse é o processo do programa: é um Jogo da Mente.
Pra mim, um cara franzino, aparentemente de boa e que não entendia nada do mercado de startups ou de marketing digital (a área que escolhi me desenvolver), o Gama Experience parecia um massacre.
Na primeira semana quando tive aula com outros/as pessoas da stack (área) de Growth Hacking eu já comecei a me questionar se realmente deveria estar ali. Então, demorou alguns dias, mas entendi como pivotar e o mais importante: desenvolvi o mindset necessário para lidar com situações adversas.
Não importava mais o fato de que eu havia acabado de entrar para o mercado de startups. Não importava que eu não tivesse habilidades técnicas tão profundas em Marketing Digital.
Entendi que eu estava ali justamente para aprender. Então o segredo está em todo o resto. Está em aprender a priorizar, está em aprender a se mexer, está em saber se comunicar, em saber trabalhar em equipe, em enxergar o objetivo.
E enxergar que, por mais que esse objetivo seja aparentemente impossível, muitas vezes uma abordagem simples te faz chegar lá muito mais rápido. É fazer, errar, aprender e reiterar. Simples assim.
Minha visão hoje, depois do programa?
- Não é um curso. É um programa que permite muito autoconhecimento;
- Dá pra aprender bem esse negócio de startup aí;
- É um dia presencial por semana. De aula. Mas são 7 dias por semana de aprendizado. Durante 5 semanas de programa. É uma vida inteira de bagagem que se organiza depois disso tudo;
- Tem processo seletivo. Também… se não tivesse no final sobreviveriam 10 pessoas;
- O processo é bem diferente. Não só o processo seletivo, mas o Gama Experience como todo. Se não fosse diferente, não criava uma rede tão forte de pessoas tão absurdamente boas que estão prontas para mudar tudo!;
- É só aprender, isso é verdade. Mas não é do jeitinho papel e caneta. É no jeitinho papel, caneta, abraços, erros, acertos, montanha-russa, conversas, discussões, amigos e risadas;
- Tem empresas participando. E elas estão de olho em 100% dos movimentos das pessoas participantes. Eu saí do último dia do Gama Experience com três propostas de emprego. Escolhi onde melhor me encaixava e saí do emprego que tinha antes.
Como o autoconhecimento me ajudou a chegar onde estou?
Marketing digital? Aprendi muito no Gama Experience. E aprendi também que preciso aprender o tempo inteiro.
Aprendi que a tática de um, não vai ser a do outro. Que o que funcionou para uma pessoa pode não funcionar para outra.
Aprendi a exercitar o networking e ajudar para ser ajudado.
O Gama Experience é assim. E sim, ele faz tudo isso. O programa transforma. Muda seu status quo de pessoa para talento. E tudo isso não só no profissional, como também no pessoal.
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Guilherme Junqueira, CEO da Gama Academy
Last modified: 13/02/2019