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Diversidade nas empresas: como promover na sua

A diversidade nas empresas está se tornando um objetivo constante dos/as gestores/as e uma tarefa regular dos/as recrutadores/as que fazem parte do time de RH. São vários os motivos que levam a essa reestruturação das posições e da cultura organizacional, a começar pela humanização dos negócios. 

Criar um programa antirracismo institucional e abraçar a causa da diversidade e da igualdade são ações que contribuem para o posicionamento das empresas no mercado, mostram uma real preocupação social e melhoram a competitividade através da inovação. Afinal, ao trabalhar com pessoas com histórias de vida distintas, as empresas conquistam um time capaz de dar uma enorme contribuição aos negócios.

No dia 20 de novembro, data da Consciência Negra, é fundamental que empreendedores/as digitais, líderes em startups e grandes empresas do mercado reflitam sobre suas responsabilidades sociais e busquem formas de atuar de maneira mais firme e propositiva pela equidade.

É preciso ir além da esfera racial, pois a diversidade nas empresas também representa o recrutamento de jovens e idosos, o empoderamento feminino, a acessibilidade e inclusão de PNEs e a criação de um ambiente de trabalho sem preconceito em relação às questões de gênero ou religião. O novo consumidor, mais do que nunca, valoriza as liberdades individuais e se engaja com marcas que promovem essa igualdade. 

Quando essa preocupação genuína é voltada à diversidade nas empresas, o papel dos/as gestores/as conectados com o mundo globalizado se torna estratégico, pois representa uma oportunidade de criar um ambiente multicultural, sem fronteiras e que atenda à necessidade global.

O que é diversidade nas empresas?

“Só o amor constrói pontes indestrutíveis”.

Gosto muito do verso acima e achei que ele seria ótimo para ilustrar como a diversidade nas empresas pode construir relacionamentos duradouros e que são importantíssimos para um negócio prosperar.

O ambiente diversificado inclui pessoas com todos os perfis e características comportamentais. Por isso, os motivos abaixo não devem servir como critérios para limitar os times em startups:

  • Idade;
  • Ideologia;
  • Escolhas políticas;
  • Identidade de gênero;
  • Estado civil;
  • Religião;
  • Cor da pele ou etnia;
  • Capacidade física;
  • Características físicas.

É preciso reforçar também que a diversidade nas empresas não pode se caracterizar como uma forma de assistencialismo. 

O sistema de contratação de pessoas precisa compreender que, além de uma postura estratégica e uma imagem politicamente correta, as companhias que possuem um programa sólido de inclusão e diversidade ganham em inovação e produtividade.

É na prática que a diversidade nas empresas é definitivamente executada. Por isso, vamos abordar algumas propostas bem interessantes de empresas que criaram programas muito inteligentes e que servem de exemplo e inspiração.

Programas de diversidade nas empresas

A diferença de renda entre pessoas negras e brancas pode chegar a 40%, segundo o Movimento Black Money. Além da dificuldade em conseguir colocação em companhias que estão com o pé no século passado e o sistema de gestão totalmente ultrapassado, a diferença salarial é ultrajante para qualquer profissional digital.

Pessoas que possuem a mesma função e responsabilidade nas empresas precisam do mesmo tratamento e oportunidades, além de remuneração e benefícios equivalentes.

Os programas de diversidade nas empresas podem começar com uma ação muito simples, mas extremamente importante: discutir o assunto entre as pessoas que já estão contratadas e que fazem parte dos quadros atuais.

Os/as gestores/as e o time de RH ficam responsáveis por conduzir este processo e existem maneiras bem interessantes de abordar o assunto. Veja algumas propostas:

  • Encontros de discussão;
  • Palestras;
  • Indicação de livros;
  • Compartilhamento de conteúdo propositivo;
  • Entre outras abordagens.

O setor financeiro sente no caixa o valor da diversidade nas empresas. O retorno financeiro pode ser superior a 30% em companhias que possuem uma política de integração étnico-racial, quando comparada com outras que não possuem medidas de inclusão.

Magalu – Um exemplo de diversidade para as empresas 

O Magazine Luiza, ou Magalu, viu sua valorização na Bolsa de Valores de São Paulo crescer no mesmo dia em que anunciou um programa de trainee para profissionais negros. O principal motivo para esse reflexo nos papéis negociados da Magalu é a responsabilidade social da empresa, que vem se tornando cada vez mais vinculada às necessidades atuais do nosso contexto. 

Assim como a empresa se transformou e investiu pesado para oferecer um atendimento virtual que prosperou ainda mais durante a pandemia de Covid-19, ela entendeu que participar de maneira mais ativa através de um programa de diversidade é a forma correta de se destacar no Brasil, um país onde o preconceito racial ainda existe de maneira muito intensa e as heranças colonialistas ainda imperam. 

Em outras palavras, a Magalu aderiu a um sistema de gestão atual e moderno, bem-visto por todos os stakeholders. Os números do Magazine Luiza já são bem interessantes em relação à diversidade: mais de 50% dos/as funcionários/as se declaram negros.

Mesmo assim, o objetivo é aumentar a presença de pessoas negras em cargos de gestão e liderança, que atualmente representam aproximadamente 16%.

Ambev – Programa de vaga de estágio para negros

A Ambev, uma das gigantes entre as fabricantes de bebidas, tem um programa dedicado à contratação de estagiários/as negros/as, como forma de colocar em prática as ações de diversidade.

Lançado em 2019, o programa já passou por uma expansão e, hoje, oferta mais de 80 posições, tamanha a procura de jovens que se candidataram. Foram mais de 25 mil cadastros para estágio!

Movile – Controladora do iFood investe em diversidade nas empresas

O Mobile Dream Talent da Movile é um programa de diversidade que tem uma proposta mais abrangente e sem barreiras que excluem muitos/as brasileiros/as nos processos seletivos para recrutamento de talentos.

No sistema de gestão atual da Movile, precisamos destacar os seguintes pontos:

  • O inglês não é um pré-requisito para contratação;
  • A contratação é feita às cegas;
  • Podem participar pessoas de todos os lugares do Brasil;
  • Cadastro e processo seletivo totalmente online.

Vale destacar que outras empresas também seguiram o mesmo caminho e ganharam notoriedade no mercado e na sociedade por causa dessa nova postura, como a farmacêutica Bayer e a P&G, uma megacorporação dona de marcas como Duracell, Gilette e Oral-B.

Apple – Programa para Desenvolvedores Negros

A diversidade nas empresas também é uma preocupação da Apple. Para aumentar a inclusão de negros em seus quadros de programadores/as foi lançado o Apple Entrepreneur Camp, um laboratório de tecnologia que recebeu investimentos de aproximadamente US$ 100 milhões.

A expectativa da empresa é que a ação ganhe mais força com o tempo e chegue a atrair pessoas ligadas à área de tecnologia de todas as origens possíveis, dos mais diversos lugares do planeta.

Os/as participantes têm acesso a muitas informações de qualidade sobre tecnologia, entre as quais estão machine learning e realidade aumentada. O programa também oferece um apoio pós-treinamento, como um ano de suporte promovido pelo Apple Developer Program, entre outros benefícios.

Por onde começar a diversidade nas empresas

Para que a diversidade nas empresas se torne uma realidade em sua startup, empresa de tecnologia ou outro segmento de mercado, é essencial criar um programa de inclusão, seja para estagiários/as, trainees ou, até mesmo, para recolocação no mercado.

Os cases que apresentamos servem de modelo para serem seguidos e o suporte de empresas que possuem este know-how corporativo, como as soluções que a Gama Academy oferece, costuma ajudar bastante nessas ações propositivas. Quer saber mais? Fale com o nosso time!

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Last modified: 06/11/2020

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